Estava eu a fazer uma pausa no tempo e no espaço, quando me vi defrontado com uma situação que penso ter acontecido com todo o ser humano...A falta de papel higiénico.
Quantos de nós, numa necessidade fulminante, não deram um corridinha-aguenta-o-cagalhão (como se diz em inglês: Puta handez inda backside and hold da xite anda sprint tuda sanithe).
As vezes, é tão rápida esta corrida que nem lembramos de abrir o tampo da sanita (mas isso é outra história, se tiver algum dia prai virado logo conto).
Mas quando a coisa acontece, esse momento de revelação, esse atirar da manilha para dentro do esgoto, esse nascer da foca bebé (momento nacional geografic), esse momento em que os planetas se alinham, esse momento de criação de desabrochar da natureza, o encontro com a criança que há em nós, esse, esse, .... bem dá para vocês terem uma ideia (mas, se quisessem eu podiam tornar-me mais descritivo!).
A onde é que eu ia, hum.....ah! Portanto, quando um gajo se borra todo, e agradece a tudo que é santinho no altar pela invenção da sanita. Tudo isto é invadido por um misticismo transcendental e também por um cheiro a merda, que para alguns casos é necessário ter aptidões de mergulhador. Mergulhador, porque para aguentar estar na casa de banho com todo o tipo de cheiros que fazem erguer os mortos é mesmo necessário ter capacidades de suster a respiração durante largos minutos.
Após se expulsar todos estes demónios do corpos e um momento de descontracção suada, ai quando, se estende a mão para realizar um momento de limpeza de rastos de chocolate deixado no rabinho é que acontece o imprevisível: Não haver papel higiénico.
É aqui que se descobrem os diferente tipos de artistas, aos quais passo a referir:
Os atletas: Que após um salto da sanita, ainda com as calças a arrastar pelo chão fazem uma corrida até a despensa para buscar outro rolo.
Os cozinheiros: Que se lembram que na cozinha e existe a solução entre os guardanapos usados na ultima refeição.
Os professores: Que se lembram que existem os testes que estavam a rever, os mesmos que o obrigaram a ida à casa de banho. E que agora vão ter bom uso.
Os mecânicos: Que se lembram de arranjar algum trapinho para dar bom uso.
Etc...Etc...Etc...
E vocês, o que fariam?