quarta-feira, março 12, 2008

Pausa


Para que serve reter o saudosismo em nós? Em que recanto da cabeça colocamos tais recordações?

Não é certamente as páginas que rasgo constantemente que me fazem obliterar cada odor e imagem.

Mostra-me o que possuis para que eu possa retribuir. Abre a tua mão que finge segurar a intenção insegura de guardar segredos e confissões infindáveis.
A inoxidável magoa ainda se esconde de baixo do chão, é ela que germina toda a tristeza que faço suar de ti.

De que vale o silencio que prenuncias, se não voltaras senti-lo onde me viste sorrir?

Passei segundos a reflectir naquilo que não fiz, e se o que alguma vez teria o delírio incontrolável de fazer.
Por entre pausas de consumo de tempo, penso ter perdido o conceito original das minha intenções...

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